A música de Richard Cheese

Houve uma época em que eu simplesmente abominava qualquer mudança de ritmo, versão ou até letra de uma mesma música. Parecia algo exemplarmente imbecil pegar uma música qualquer e alterá-la de alguma forma. Não me culpe. Parte de minha motivação pelo repúdio a essa prática vêm de feitos como o “Bate bate bate na porta do céu” de Zé Ramalho (que, por acaso, tem um CD inteiro só estragando as versões de Bob Dylan) ou essa pérola do grupo Brucelose, digna de nossos aparelhos digestivos, que conseguem transformar um delicioso e caríssimo almoço em merda pura.

Mas até pouco tempo eu não imaginava que essas transformações pudessem ser feitas de forma totalmente benigna e até proveitosa. Devido à influência do Rockabilly, comecei a acompanhar algumas transformações de músicas medianas ou péssimas em animados rocks dançantes, provenientes de bandas como “The Baseballs” ou “Dick Brave & the Backbeats“.