O que eu aprendi com 2010

Eu não costumo falar sério. Principalmente aqui. Mas algumas pessoas gostam de algumas coisas que eu falo e até encaram seriamente minhas palavras em meus momentos menos babacas.

ET Bilu
Busquem conhecimento!

Meus momentos não-babacas são efetivamente raros, mas é algo que eu realmente julgo valioso. 2010 foi um ano no mínimo peculiar, mas do qual eu tirei algumas coisas que talvez possam ser encaradas como recomendações. E são do fundo do meu endocárdiozinho:

O amor é a gasolina da vida ~ A epopéia de uma piada

Já convivemos há um bom tempo com a internet. A rede surgiu a partir de pesquisas militares na decáda de 60, no auge da Guerra Fria. Em 29 de outubro de 1969 foi enviado o primeiro e-mail da história. Provavelmente era SPAM ou alguma corrente com um ppt, porque travou o computador que o recebeu. Mas a verdadeira explosão da internet se deu na década de 90. E a internet é realmente sensacional! Conteúdo de graça, pra ser produzido e compartilhado com todo mundo.

Quem nunca espalhou uma piada que leu na internet? Eu mesmo roubava várias piadas do HumorTadela e contava para amigos cada vez mais chateados com minhas inconvenientes piadinhas fora de hora. O HumorTadela, por sua vez, roubava de alguma outra fonte, que por sua vez, roubava de outra e assim por diante. É praticamente impossível definir onde nasce uma piada. Isso é bem comum. Veja Chico Anysio, por exemplo, tido como um humorista genial (e realmente é), iniciou sua carreira no humor simplesmente traduzindo textos de stand-ups americanos. A internet dificultou muito o trabalho de quem rouba o texto de um humorista famoso. Se algum cara do stand-up nacional for tentar emplacar com um texto de Bill Cosby ou do genial George Carlin, acho que não vai conseguir ter muito sucesso. O Brasil está passando por uma boa fase no humor, com ótimos textos autorais escritos por Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Marcelo Mansfield, Maurício Meirelles, entre outros. Se você chega em algum churrasco contando aquela do “Boa noite, passageiros, aqui é o Comandante Nogueira”, todo mundo sabe que você não é um babaca criativo, mas é simplesmente um babaca.

"Old man yells at cloud"
Direito autoral de piada: Não tem nem de quem reclamar

Por outro lado, é cada vez mais difícil provar que uma criação é sua. Na internet, as piadas não possuem direitos autorais. É a lei do mais pop. Sites como o Kibeloco cresceram em cima das piadas alheias. E, quando a Web se tornou 2.0, tudo ficou mais difícil: Todo mundo produzindo conteúdo, e muita gente boa produzindo conteúdo bom. As piadas curtas, frases geniais e trocadilhos infames invadiram sites como o twitter, criadas por ilustríssimos desconhecidos, deixando tudo mais fácil para certas pessoas que vivem do humor alheio (né, José Simão?).

Quando eu era pequeno (mesmo, lá pelos meus 12, 13, 14 anos) eu adorava a coluna do José Simão, na Folha. Escrevia vários e-mails pra ele com piadas e, vez ou outra via uma piada que eu tinha mandado por lá publicada. “Olha mãããeeee! O Simão publicou outra piada minha!”, e lá estava no jornal minha piada crua ou simplesmente antecedida de “e um amigo me disse que…”. Beleza! A piada era minha, mas ninguém tinha como saber disso. Parei de mandar. Hoje em dia o Simão rouba, descaradamente, sem trocar uma vírgula, diversas piadas de caras geniais do twitter, como o @silviolach ou o @amatos30. José Simão, inclusive, é um jornalista tão peculiar que consegue escrever um texto usando apenas três teclas do teclado. A primeira é Ctrl. Deduzam as outras duas.

Dia do corno

Hoje é dia do corno. É lógico que eu tenho que falar alguma coisa a respeito. Afinal, graças à minha ex-namorada, se você examinar minha árvore genealógica, vai ver que sou eu quem tem os galhos mais salientes.

Pra começar, não sou só eu que mereço ser parabenizado neste tão singelo dia. Traição é uma coisa muito comum por aí. Verdade seja dita, fidelidade é que nem creme de beleza: Só os feios usam.

Chifres
Já dizia Falcão: “Um homem sem chifres é um animal indefeso”

Mas eu gosto bastante da minha história de traição, porque ela aconteceu de forma bem peculiar. Eu fui traído no dia dos namorados. Pra vocês terem uma idéia de como é ser traído no dia dos namorados, é mais ou menos como não receber presente de natal porque Papai Noel estava dando pra outro. Era uma época que eu trabalhava e fazia um curso de noite. Quando chegou no sábado, 12 de junho, eu ainda não tinha nada combinado com a menina para onde iríamos ou o que iríamos fazer. O que complicou de vez foi o fato de ela estar convenientemente sem celular (porque tinham roubado o celular dela e ela tinha perdido o celular do irmão). Após passar o dia 12 todo tentando entrar em contato com a garota, fiz o que faria qualquer babaca que não consegue entrar em contato com a própria namorada no dia dos namorados: Fui pro bar tomar umas com um amigo. Mas é complicado… bem no dia dos namorados, que eu tinha planos novos: Levar ela aonde eu nunca tinha levado: ao orgasmo.

No dia seguinte, continuei pacientemente em minha incessante tentativa de falar com a garota. Foi só no meio da tarde que a mãe dela atendeu o telefone:

– Alô? Por favor a [moça]?

– Olha, a [moça] não tá não. Ela tá em Santo André.

– Santo André? Desculpa… Você sabe aonde ela tá lá?

– Ela tá na casa do namorado. Ela passa o final de semana lá.

Nesse momento minha mente começou a fazer uns cálculos de matemática bem simples, mas que me levaram a resultados espantosos. Dei ainda uma última conferida em todos os cômodos da minha casa. E eu percebi que aquela coceira na minha testa era, na verdade, algo mais profundo… Mas o problema não foi nem ser traído. O problema mesmo foi ser trocado por alguém que mora mais longe. Aí é foda.

O tal rapaz pelo qual ela me trocou é o ex-namorado dela (e, desde aquele momento, atual namorado também). Ele pode morar mais longe, mas, em compensação, é consideravelmente mais rico (ponto pra ela, trocando lanches no Habib’s por jantares no Fasano). Alguns amigos me dizem que ela nunca deixou de namorar o cara, sendo assim, o outro seria eu. Algumas evidências realmente apontam para a teoria de que eu seria o amante, como por exemplo a reação de surpresa das pessoas quando eu dizia que era namorado da menina. Eu achava que era porque todos duvidavam que uma criatura tão feia pudesse tecer um relacionamento com uma garota tão bonita (ou até simplesmente com uma garota), mas faz sentido pensar que as pessoas conheciam o verdadeiro namorado. Porra, até a linha de trem que eu pegava pra ir na casa dela em Carapicuiba era a linha diAmante!

Mas a gente tem que ver o lado positivo de tudo. Ao ser traído, por exemplo, eu adquiri o pré-requisito básico para formar uma dupla sertaneja. E você, às vezes, tem que simplesmente se conformar e pensar que é melhor dividir uma boa bisteca do que não comer nada. A verdade é que uma traição é um evento muito mais social do que um relacionamento comum. Afinal, envolve no mínimo uma pessoa a mais!

Eu ainda gosto bastante da minha ex. Acho ela uma garota muito gozada. Pelo menos ela conseguiu reciclar minhas piadas por um bom tempo. E piada de corno é que nem vídeo-cassetada: Você só ri porque não foi você que se machucou. Mesmo assim ela fala que odeia minhas piadas sobre o assunto. Não passam de pequenas piadas sobre a grande piada que ela fez comigo. Mas infidelidade é um assunto que ela prefere levar às escondidas. Ela já até falou que, se quisesse, poderia me processar pelas piadas. É… mas se eu morasse no Irã, poderia apedrejá-la por adultério também!

Mineiros Chilenos
Abraço aí pra turma que ficou meses dividindo a mesma mina!

E aproveita o dia para se filiar à santa igreja!

Paul McCartney

Como todos sabem, o Paul McCartney está no Brasil…

A repercussão disso é gigantesca. É incrível como um show de 1/4 de Beatles consegue ter mais repercussão do que uma vida inteira de shows da maioria das bandas atualmente.

Pra aquecer pro show do vovô Paul, segue um desenhinho que eu fiz só de brincadeira hoje:

(clique para ampliar)

Paul McCartney caricatura
"Soro is all we need"

Se eu colocasse um gorrinho e um terninho de marinheiro, teria desenhado o Quico, do Chaves.

A música de Richard Cheese

Houve uma época em que eu simplesmente abominava qualquer mudança de ritmo, versão ou até letra de uma mesma música. Parecia algo exemplarmente imbecil pegar uma música qualquer e alterá-la de alguma forma. Não me culpe. Parte de minha motivação pelo repúdio a essa prática vêm de feitos como o “Bate bate bate na porta do céu” de Zé Ramalho (que, por acaso, tem um CD inteiro só estragando as versões de Bob Dylan) ou essa pérola do grupo Brucelose, digna de nossos aparelhos digestivos, que conseguem transformar um delicioso e caríssimo almoço em merda pura.

Mas até pouco tempo eu não imaginava que essas transformações pudessem ser feitas de forma totalmente benigna e até proveitosa. Devido à influência do Rockabilly, comecei a acompanhar algumas transformações de músicas medianas ou péssimas em animados rocks dançantes, provenientes de bandas como “The Baseballs” ou “Dick Brave & the Backbeats“.

Yeah Yeah, Glu Glu!

MALLANDRO, Serginho. Ao lado da pastinha do “Meus Documentos”, um dos ícones mais marcantes de nossa geração. Ex-jurado do Show de Calouros. Candidato a vereador não eleito. Precocemente eliminado d’A Fazenda. Criador do “Yeah yeah glu glu”.

Sérgio Mallandro e amigos
Sérgio Mallandro e amigos

Vou aproveitar o momento que o Mallandro ainda tá na mídia para contar a história do dia em que eu o conheci – e que faz parte da série de reportagens sobre meus encontros com as pessoas mais influentes do mundo.

RT Fight!

Netinho x Vesgo
3, 2, 1, Fight!

As regras são simples: Alguém twitta uma piada e a outra pessoa retuita colocando na frente “RT @pessoa” e diminuindo a frase pra caber nos 140 caracteres sem perder o sentido. Quem desistir perde.

Eu e o homem de 1 bilhão de dólares

“The Social Network”, filme de David Fincher está estreando em terras gringas. A película conta a história de Mark Zuckerberg, o malandro que criou o facebook.
Assim como outros grandes nomes da informática, Zuckerberg também tem uma história conturbada. Não vou entrar nos méritos de sua história. Pelo que parece, creio que o filme conseguirá se mostrar imparcial e cada um que tire sua conclusão. Já gostei bem menos de caras geniais como Bill Gates e gostei bem mais de caras geniais como Steve Jobs. Acho Mark Zuckerberg um cara genial e ninguém acumula um bilhão de dólares com uma empresa sendo um completo babaca.
Sabendo da importância de Zuckerberg e de sua fortuna, é bacana agora eu contar a história do dia que Mark brigou comigo.

Mark Zuckerberg
Já briguei com um capa da Fortune. Só falta pegar uma capa da Playboy.

Dia do Sexo. Fodam-se vocês!

Hoje é dia do sexo.

Outdoor de Motel
R$20? Esse até eu posso pagar! Quem se dispõe?

As pessoas normalmente acham que eu não tenho muita autoridade pra discutir o assunto. E com certa razão, verdade seja dita. Mas a realidade é que eu sou uma das melhores figuras para falar de sexo: Estou toda hora me fodendo, ando sempre duro, sou um gozador nato e acompanho o tema de fora – ao contrário da maioria das pessoas que sempre estão por dentro, por fora, por dentro, por fora, e assim sucessivamente. Eu também posso falar porque minha antiga namorada adorava sexo! Fazia toda hora. De vez em quando até comigo.

Acho meio desperdício também ter um dia do sexo. Pra mim, basta que tenham alguns segundos. Vale destacar que, apesar de hoje ser o dia do sexo, o dia do orgasmo é no dia 31 de julho. Ótimo para que as garotas entendam que orgasmo e sexo não são necessariamente ligados. Outra coisa que foi planejada para o entendimento feminino prova que o dia de hoje também não foi escolhido por acaso: Hoje é dia do sexo, amanhã é dia da Independência. É bom deixar claro para as mulheres: Sexo num dia, independência no dia seguinte.

Sexo pra mim é como a Holanda na Copa do Mundo: Espera muito tempo pra ter, passa rápido, no final nem foi tão bom assim e nunca sai ganhando. Com a diferença que é um pouco mais freqüente a Copa do Mundo pra Holanda.

Apesar da lembrança, vou ser obrigado (por vontade das garotas) a pular as celebrações do dia do sexo. Entretanto, dia 25 de novembro está chegando e aí eu faço algum evento para comemorar. Afinal, o dia do corno eu não posso deixar passar em branco!

Desejo do fundo do meu coração que todos vocês se fodam.

Ei, Inception! Eu também tenho sonhos recursivos!

Demorei mais do que a maioria da população nerd comum, mas fui assistir “Inception” – aqui no Brasil, com o sabe-se-lá-o-porquê nome de “A Origem”.

O filme é genial. Se não é revolucionário em suas cenas ou sequer em seu enredo, pelo menos expõem tudo de uma forma que nunca tinha sido feito antes. Vai assistir. Agora!

Inception Comixed
Inception Comixed